Recentes estudos
coordenados pela OEA têm demonstrado que, em todos os países onde houve algum
nível de liberação das drogas, o consumo aumentou notadamente entre os jovens.
Nos lugares onde houve maior tolerância com a maconha, seu consumo aumentou em
razão da queda no preço do produto, verificando-se, também, um maior consumo de
outras drogas perigosas. Este é o caso de Portugal, Áustria, Holanda, Reino
Unido, alguns Estados americanos e o Brasil – onde, em 2006, a legislação
abrandou a pena para o consumidor.
Na Holanda, o consumo de
maconha cresceu 5%. Eu vi a bela cidade de Amsterdã – terra encantada do
Rijksmuseum, StedelijkMuseum, Casa de Rembrandt, Casa de Anne Frank, Museu Van
Gogh e outros – infestada de pessoas, principalmente jovens, exalando maconha
de suas roupas pelos bondes. E este mesmo espírito libertarian, que não mede as
consequências sociais dessas legalizações nefastas, incentiva, in pari passu, a
perversão do turismo sexual do Bairro da Luz Vermelha. Dos grandes canais e
artistas às bandeiras verdes e vermelhas da degradação moral, cultural e
paisagística da capital dos Países Baixos.
No caso português, uma
pesquisa realizada pelo Instituto da Droga e Toxicodependência (IDT) registrou
que, entre 2001 – data em que foi implementada a política de descriminalização
da droga em Portugal – e 2007, o consumo continuado de drogas registrou, em
termos absolutos, uma subida de 66%. De forma segmentada, a pesquisa apontou
ainda que, no período em análise, registrou-se aumento de 37% no consumo de
Cannabis, de 215% no de cocaína, de 57,5% no de heroína e de 85% no de Ecstasy.
Embora a psiquiatria
brasileira confirme alguns benefícios clínicos pontuais da Cannabis no
tratamento de algumas doenças como o glaucoma, faz o alerta quanto aos
perigosos efeitos colaterais em longo prazo, tais como: infertilidade,
esquizofrenia e outras psicoses, e desagregação social.
Uma pesquisa do Instituto
Neurológico de Queensland, na Austrália, estudou mais de 3.801 homens e
mulheres nascidos entre 1981 e 1984 e os acompanhou por 21 anos para
perguntar-lhes sobre seu uso de maconha, avaliando os pacientes para episódios
psicóticos. A conclusão: jovens que fumam maconha por seis anos têm o dobro da
probabilidade de sofrer episódios psicóticos, alucinações ou delírios do que
pessoas que nunca usaram a droga.
Os efeitos reais sobre os
jovens são inevitáveis: aumentando o consumo de maconha, aumentará também a
evasão escolar – por confusão mental, diminuição da memória e rebaixamento da
inteligência –, a taxa de dependência química de outras drogas, índices de
depressão e esquizofrenia.
Se já somos o maior
mercado consumidor de crack do mundo e o segundo de cocaína, temos perto de 10
milhões de jovens “nem-nem” (aqueles que nem trabalham, nem estudam), um
consumo frenético de Rivotril (ansiolítico, o segundo medicamento mais vendido
no país, algo em torno de 14 milhões de caixas/ano), 50 mil estupros e 47 mil
homicídios por ano, 58º lugar no ranking de educação no Pisa, queremos ser o
maior mercado de maconha, a ilustrar a nossa galeria de medalhas de papelão
queimado?
O que se passa no Brasil
de hoje já foi diagnosticado por Viktor E. Frankl – psiquiatra austríaco e
fundador da logoterapia – em seu livro “Em Busca de Sentido – Um Psicólogo no
Campo de Concentração”, em que afirma categoricamente: “há ampla evidência
empírica de que as três facetas desta síndrome – depressão, agressão,
dependência de drogas – são devidas ao que se chama em logoterapia de ‘o vazio
existencial’, um sentimento de vacuidade e de falta de sentido”.
A quem interessa a
destruição da família brasileira? A quem interessa o caos social? A quem
interessa a falta de sentido?
a maconha traz serios problemas sociais como roubar para ter dinheiro para fumar,vender as coisas de casa etc
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